POR TODAS AS CORES DO MUNDO

Era uma vez um lugar comum,
Onde a passarada vinha pra beber,
Conspiravam entre si,
Delineando um ideal,
Um dia felicidade total,
Eu me chamo touti negras e bem-te-vis,
tiês sangue, colibris e sabiás,
Cambaxirras e pardais,ensaiando arribação,
pra que os filhos nasçam livres do alçapão,
Esse visgo pega mesmo, bicho homem,
mundo mau!
E essas armadilhas no quintal,
Vento meu amigo velho, voaremos sempre assim,
Refazendo as flores pro sem fim!
Era uma vez, todo o mar azul,
Onde as baleias eram pra viver,
Emergir pra respirar,
Contemplar a imensidão,
Não havia o homem, o barco, o arpão,
Cedro, amoreira, pinus, jequitibá,
Vão descendo rio abaixo, e eu a chorar,
Dos meus olhos a chover,
Copiosamente a dor,
Morro paulatinamente, desse amor!,
Num lugar de amor tranquilo,
Bicho homem, mundo cão!
Tramsformando árvore em carvão,
Amazônia zona linda,
Tantas cores, rio-mar,
Não sei até quando existirás,
Que será das borboletas, nas queimadas desse chão?
Poesia de dominio de Gutemberg Landi e Claudio Camillo
(todos os direitos são reservados aos autores)

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