Natureza...Defendendo a Natureza!
Boitatá e Curupira se juntaram certo dia,
E saíram procurando, quem matava quem feria,
As árvores, animais e plantas, que nossas florestas encantam.
No caminho encontraram o Negrinho do pastoreio,
Que junto com o Saci, estava a dar um passeio,
Conferindo a fauna e a flora, vendo se tudo andava a contento,
Derrepente avistaram uma coluna de fumaça,
Que surgia no horizonte...
Boitatá que apesar, de fogo cuspir pelas ventas,
Detesta saber de queimadas principalmente aquelas,
Que o covarde homem inventa...
A preocupação aumentou ao verem que com a fumaça,
O fogo já aparecia,
Boitatá então combinou,
Com o Negrinho, o Saci e o Curupira,
Que deviam se separar, e cada qual pegar um rumo,
Para chegarem ao local aonde o fogo ardia...
Boitatá foi pelo rio, nadando a braçadas largas,
Saci subiu na garupa do belo cavalo baio,
Que montado já estava o Negrinho do Pastoreio...
E partiram em grande galope,
Curupira por sua vez, montado em seu porco do mato,
Saiu também em disparada para constatar o fato...
Chegaram então nossos heróis no lugar que o fogo surgia,
E viram com grande tristeza aquilo que já se temia...
Jacarandás, acajus, cedros-brancos e da várzea,
Jatobás e seringueiras... Eram apenas algumas,
Dentre tantas outras árvores,
Que em tristes troncos queimados,
Haviam se transformado...
Por força da covardia de mais uma vil queimada...
Grandes aves e passarinhos voavam em desatino,
Macacos, onças, preguiças, tatus, pacas e ouriços,
Desorientados estavam assim como outros bichos.
Perdiam-se tocas e ninhos,
Filhotes jaziam fritos,
Chorava a natureza, em um uníssono grito...
Boitatá, que liderava o grupo que vira em defesa,
Chamou os outros e disse...
Tomemos uma atitude,
Pois temos que combater,
Antes que mais se propague,
As chamas que aqui ardem...
Assim sendo Boitatá começou a engolir,
Com avidez e vontade,
As grandes chamas do incêndio...
Saci foi até a beira do rio,
Que a grande floresta cortava,
E pediu a deusa Iara,
Que grandes ondas se criassem...
E logo foi atendido,
E mais que o seu pedido,
Iara fez com que, as águas mansas do rio,
Subissem ao céu, e descessem,
Em forma de temporal...
Curupira juntou-se então, ao Negrinho do Pastoreio,
Para levarem os animais,
Para um lugar mais seguro...
Pois as águas tanto subiram que o céu foi ficando escuro...
Formando a tempestade,
Que logo desceu com vontade,
Que o fogo não resistiu,
As chamas viraram estrelas e subiram rumo ao céu,
As cinzas se transformaram em belos jardins floridos,
O resto da água da chuva formou um grande e lindo lago,
De cor azul cristalina,
Onde grandes borboletas de belas e vivas cores,
Revoavam com alegria...
Os animais em festa deram vivas ao Negrinho,
Abraçaram o Saci, Boitatá e Curupira,
Pois muito felizes estavam naquele novo lugar,
Que a força da natureza,
Assim fez transformar...
Vencendo a maldade do homem,
Que tudo queria queimar!
Quem sabe se todos nós,
Juntos como nossos heróis,
Possamos mais defender,
O verde das nossas matas,
O belo azul do céu, as águas dos mares e rios,
O ar soprado por Deus,
Que nos dá vida e alegria,
Pois estamos por um fio,
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