Feliz Centenário Mãe! Onde quer que você esteja!

Da
união de um imigrante italiano chamado João Landi e de uma
Fluminense de origem indígena chamada Rosália Rosa da Conceição
Landi, em 14 de Outubro de 1914, Maria Brigida Landi, de acordo com
suas próprias informações nasceu na região da Serra da Mazomba,
no Município de Itaguaí/RJ.
Ainda
menina, mudou-se para o Bairro de Sepetiba/RJ, onde seu pai João
Landi, estabeleceu-se, em sociedade com um amigo de origem espanhola,
(que não me recordo o nome) no negócio de Fabricação de Cal,
extraído da moagem de cascas de ostras e mariscos.
Além
de Maria Brigida, João Landi e Rosália, tiveram mais 04 (quatro
filhos), Pedro Landi, Natalina Landi, Mafalda Landi e Ezequias Landi,
a família habitava em um Sítio da região, onde todos foram
criados.
A
infância dos meninos Landi, foi coberta de muitas diversões e
folguedos, e a união entre os irmãos, foi uma máxima por toda a
existência dos mesmos, hoje todos falecidos, deixaram esta união,
como um legado para seus filhos, que repassam para os netos, e,
embora, tendo em vista os caminhos e destinos que levam as pessoas a
buscarem e viverem seus propósitos e projetos de vida cada qual onde
melhor lhe apraz e contribui para as realizações, o relacionamento
entre todos seus ascendentes, estreitam-se de maneira carinhosa e
grande estima, mesmo a distância e até mesmo que muitos não se
conheçam pessoalmente.
Em
uma certa ocasião, João Landi recebeu a visita de alguns homens,
que também com relato de Maria Brigida, pelo idioma que conversavam
com seu pai, eram de origem Italiana, e logo após esta visita, João
Landi foi acometido de um derrame cerebral, até chegar ao
falecimento.
Em
1933, então com 18 anos, Maria Brigida casou-se com Severino Isídio
da Silva, um Paraibano, Policial Militar, mais velho que ela
aproximadamente 15 anos, desta união nasceram dois filhos, Assele e
Haroldo, porém histórias de mal tratos por parte do marido, fizeram
Maria Brigida resolver por abandoná-lo, deixando também seus
filhos, o que na época era considerado um ato grave e que colocava a
(s) mulher (es) em uma situação mal vista pela sociedade em geral.
Dai
por diante, Maria Brigida passou a viver sua independência,
trabalhando como ajudante de costura, como empregada no antigo Moinho
Inglês, e até como lavadeira e passadeira, divertindo-se,
frequentando muitos bailes nas casas dançantes da época,
Estudantina, Elite do Méier, Cordão do Bola Preta e tendo, como
seria natural, vários outros relacionamentos, que lhe rendeu mais 04
filhos, sendo três mulheres do relacionamento com João Pereira
(falecido) Terezinha, Vanda (falecida) e Maria Lúcia (falecida) e
eu, que tive a sorte de ter a disputa de três rapazes pela minha
paternidade, dois de nome José e um Sebastião, tendo um dos José,
assumido a minha paternidade e dando-me seu sobrenome, De Oliveira
Barros.
Minha
infância, foi coberta de muitos momentos felizes, apesar das
dificuldades e até algumas faltas de coisas básicas, porém, sempre
cuidado não só pela minha Mãe, como pelos meus irmãos, inclusive
tendo tido uma boa parte vivido com minha irmã Assele, como se fosse
seu filho, gozando de boas residências e educação, haja vista que
era ela formada em Filosofia, Folclore e Geografia, tendo sido
Diretora do Instituto de Educação De Campo Grande e meu
cunhado Médico, tendo portanto, uma vida bem mais abastada do que a
que vivianos eu, minha mãe e minhas outras três irmãs, no entanto,
entre muitas idas e vindas, aos 14 anos resolvi de vez viver com
minha mãe e irmãs, começando então uma vida meio nômade, ou
seja, morando em vários lugares, tais como: Bento Ribeiro, Realengo,
Coelho Neto, São Francisco (B. Roxo), Guadalupe, Xavantes (B. Roxo),
Farrula (B. Roxo), Santa Amélia (B. Roxo), e também já nesta
época, começado minha independência financeira, sendo cobrador de
transporte coletivo, ajudante de bares, mercearias, quitandas,
camisaria, e no antigo mercado de peixes da Praça XV, onde um
padrasto comercializava sardinha a noite, até chegar a idade do
serviço militar e dai por diante, construir todo o restante de minha
história até o presente momento.
E
tudo isso, com muito orgulho daquela que foi para mim, independente
de sofrimentos, faltas e necessidades que eu venha ter passado junto
com minhas irmãs, a melhor Mãe do Mundo, que nunca deixou que nós
caminhássemos por caminhos que não fossem honestos, seguros e de
firme propósito, e que mantivéssemos sempre nossas integridades e
honestidades acima de qualquer coisa,
Além
da Fé e crença em Deus.
Esta
é uma singela porém ardorosa e saudosa homenagem a Mulher, Irmã, Amiga e Companheira, Dona
Brigida, que reafirmando, tive o privilégio de ter como Mãe e
Protetora, e assim será até nos reencontrarmos na Eternidade
Divina.
FELIZ
CENTENÁRIO DE VIDA PLENA E ETERNA MÃE!!!
Com amor e carinho de seu filho.
Gutemberg Landi
20.10.2014
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