Chico Mendes, ontem, hoje e sempre! 15. 12. 2015 Aniversário de Chico Mendes.
Francisco
Alves Mendes Filho, ou simplesmente Chico Mendes, nasceu na cidade de
Xapuri (Cidade do Estado do Acre), em 15 de Dezembro de 1944, e hoje
se vivo fosse completaria exatos 71 (setenta e um) anos.
Chico
começou a trabalhar na Mata junto com seu pai como seringueiro,
ainda criança, sem alfabetização até aos 20 anos, quando começou
a aprender a ler e escrever as primeiras letras, já
que na maioria dos seringais não havia escolas, tão pouco os
proprietários de terras tinham intenção de criá-las em suas
propriedades.
Tendo
como seu “primeiro PROFESSOR” de acordo com relato do próprio
Chico, o militante comunista Euclides
Távora, que participara no levante
comunista de 1935 em Fortaleza (CE) e na Revolução de 1952 na
Bolívia.
Seu
início na vida Sindical deu-se no ano de 1975, como
secretário-geral
do
Sindicato dos Trabalhadores Rurais de
Brasiléia,
e já a partir do ano de 1976, Chico participou
ativamente das lutas dos seringueiros para impedir o desmatamento.
A
partir dai, tornou-se o ativista defensor principalmente dos
SERINGAIS e CASTANHEIRAS, m 1977 participou da fundação do
Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri, sendo eleito Vereador
pelo principal partido político de oposição ao Governo MDB
(MOVIMENTO DEMOCRÁTICO BRASILEIRO) como filiado do Diretório
local.
A
partir desta sua eleição, e demonstrando cada vez mais sua
liderança dos seringueiros e demais trabalhadores da Mata não só
de sua região, mas, de toda a região da Floresta Amazônica,
começou o risco de morte de Chico Mendes, já que aumentava o número
de seus seguidores e participantes do Sindicato dos Seringueiros.
As
primeiras ameaças de morte por parte dos fazendeiros, o que lhe
rende problemas com seu próprio partido, descompromissado com as
causas pelas quais Chico Mendes lutava.
Em
1979, usa seu mandato para promover um foro de discussões entre
lideranças sindicais, populares e religiosas na Câmara Municipal de
Xapuri.
Acusado
de subversão, é preso e torturado mas, sem apoio algum das
lideranças políticas locais, não consegue registrar na Polícia a
ocorrência da tortura da qual fora vítima.
Em
1980, Chico Mendes ajudou a fundar o Partido
Dos Trabalhadores (PT), sendo uma de suas principais
lideranças
no Estado do Acre e redondezas, tendo participado de vários comícios
em sua região, ao lado de LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, ainda em 1980,
Chico Mendes foi enquadrado na Lei de Segurança Nacional, como
“SUBVERSIVO”, sendo este ocorrido tendo em vista o Governo,
atender pedidos dos Fazendeiros que tinham Chico como um inimigo, já
que o mesmo, lutava ferrenhamente contra o desmatamento que esses
promoviam em suas terras, transformado-as em pastos no caso dos
Pecuaristas, ou em plantações de Soja, no caso dos grandes
agricultores.
Enfim,
Chico Mendes fez seu encontro com a morte em 22 de Dezembro de 1988,
trazendo uma comoção mundial já que não só no Brasil, porém em
todo o mundo Chico Mendes era reconhecido como um dos maiores, se não
o maior seringueiro, sindicalista, político e ambientalista
Brasileiro, que morreu por lutar a
favor dos seringueiros da Bacia
Amazônica, cuja
subsistência dependia da preservação da Floresta
e das Seringueiras (Árvores de onde se extrai o látex, principal
produto para a fabricação da BORRACHA) nativas.
Seu
ativismo lhe trouxe reconhecimento internacional, ao mesmo tempo em
que provocou a ira dos grandes fazendeiros locais, e,
em uma covarde tocaia, exatamente uma semana após completar 44 anos,
Chico Mendes foi assassinado com tiros de escopeta no peito na porta
dos fundos de sua casa, quando saía para tomar banho.
Quatro
dias antes da morte do ativista, o Jornal do Brasil, se recusou a
publicar uma entrevista na qual Chico Mendes denunciava as ameaças
de morte que havia recebido. A direção do jornal considerou que o
entrevistado era desconhecido do grande público e que politizava
demais a questão ambiental, optando por não publicar a matéria.
Com
a consumação das ameaças, o jornal finalmente publicou a
entrevista, que seria a última de Chico Mendes, no 1º caderno da
edição de natal daquele ano, seguida de um editorial na
primeira página, algo um tanto incomum.
Após
o assassinato do líder extrativista mais de trinta entidades
sindicalistas, religiosas, políticas, de direitos humanos e
ambientalistas, se reuniram para formar o Comitê Chico Mendes. Elas
exigiam, através de articulação nacional e internacional e de
pressão aos órgãos estatais, que os autores do crime fossem
punidos. Em dezembro de 1990, a justiça condenou os fazendeiros
Darly Alves da Silva e seu filho, Darcy Alves Ferreira a 19 anos de
prisão pela morte de Chico Mendes.
Hoje
se vivo fosse, com certeza Chico Mendes estaria a frente da defesa
dos direitos dos moradores de Mariana, vítimas, da ganância dos
políticos e das mineradoras responsáveis pela tragédia que os
condenou a perderem a vida de alguns e todos os bens dos que
sobreviveram e que terão que recomeçar do zero, estando ainda todos
sem receber as devidas indenizações.
A
DEFESA E MANUTENÇÃO DAS MATAS E FLORESTAS E TODA A NATUREZA,
DEPENDE
DE TODOS NÓS, QUE DE DEUS REBEMOS SEM PEDIR,
E
QUE INFELIZMENTE ESTAMOS FAZENDO E DEIXANDO PERECER!
VIVA
CHICO MENDES, ONTEM, HOJE E SEMPRE!
Gutemberg
Landi
15.2.2015
Fonte
de pesquisa: Wikipédia -
https://pt.wikipedia.org/wiki/Chico_Mendes
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