A cultura e suas Memórias… Por onde andará Gílson de Abreu Marinho? O Poeta dos Tapumes…
Entre
as décadas de 70 e 80, surgiu na Cidade Do Rio De Janeiro, uma
personagem urbana, dessas do dia a dia, que encontramos ainda hoje,
pelas praças principalmente das Grandes Metrópoles Brasileiras, que
utilizando-se apenas de “GIZ”, saia distribuindo entre os tapumes
das obras que se iniciavam, do METRO CARIOCA, poesias e trechos
poéticos, de sua autoria. Este virtuoso artista, ficou então
conhecido como “O POETA DOS TAPUMES”, lembro-me que na época,
cheguei a ter um alguns momentos de bate papo com o Gílson,
identificando-me também como poeta, e até, mostrando-lhe, alguns de
meus trabalhos, escritos naquela época, em folhas de caderno, blocos
e até em guardanapos de bares. Procurando então em meus arquivos de
manuscritos, encontrei, um artigo, de linha poética que compus, na
época em sua homenagem, tendo em vista, se não me falha a memória,
vê-lo em um momento de tristeza e ira, ao ver ser apagado seus
escritos, das tábuas dos tapumes, em forma de repressão, com a
acusação de ser ele apenas um pichador, que sujava a cidade. E,
hoje, quando comemoramos o dia da poesia, deixo aqui em pleno teor
original, o referido trabalho.
A
GÍLSON DE ABREU MARINHO!
(Escrito
em algum momento dos anos 80)
Poeta
ao te assistir, eu te senti diferente, de tudo o que já conhecia,
saído de sua mente, porém, como poeta que também sou, não me
abati nem um pouco, pois sei que todo poeta, no fundo é um tanto
louco.
Louco
por ver que o mundo, não é como escrevemos, louco por sentir que
beleza, só nós os poetas vemos, é triste amigo Gílson, que nem
todos são poetas, e, que não possam sentir, a beleza nas flores,
nas árvores, nos pássaros… Pudera, estão acabando com a
natureza! Saiba QUERIDO POETA, que me sinto em desalinho, me propondo
a fazer versos, para GÍLSON DE ABREU MARINHO. Por isso, te peço
poeta, não repares nas fracas e pobres rimas, pois ou um simples
letrista, e, não, como um você, que é de um todo artista, não,
não é demagogia, o que estou escrevendo, é puro, me sai da alma,
te agradar, é o que mais pretendo, termino assim grande poeta,
rogando a Deus que sempre ilumine, este seu duro caminho… GÍLSON
DE ABREU MARINHO.
Gutemberg
Landi
14.03.2016
Uma
das obras de Gílson.
SE
EU FOSSE O BANCO DO CARRO
QUE DIRIGES COM LEVEZA
EU TIRAVA MUITO SARRO
DO TEU RABO DE PRINCESA.
QUE DIRIGES COM LEVEZA
EU TIRAVA MUITO SARRO
DO TEU RABO DE PRINCESA.
Leiam
mais da obra de Gílson clicando neste link.
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